Os Museus Vaticanos constituem um conglomerado de renomadas instituições culturais da Santa Sé, que abrigam extensas e valiosas coleções de arte e antiguidades colecionadas ao longo dos séculos pelos diversos pontífices romanos. Além destas instituições relativamente independentes entre si, das quais algumas possuem também subseções mais ou menos autônomas, os Museus Vaticanos supervisionam uma sé
rie de outros espaços dentro dos palácios da cidade do Vaticano, como galerias e capelas, que por si mesmos guardam alto interesse arquitetônico, histórico e artístico.HistóricoDesde a Idade Média o papado foi acumulando um significativo acervo de obras de arte, algumas remontando ao Império Romano, que eram mantidas no Patriarcado de Latrão, a antiga residência papal. Entre as peças mais importantes estavam a Loba capitolina, a Estátua equestre de Marco Aurélio e fragmentos de duas estátuas colossais representando Constantino I (veja Colosso de Constantino), mas nesse período não havia uma consciência museológica, a coleção não era sistematizada e não havia um programa de aquisições. Somente ao longo do Renascimento, quando surgiu um renovado interesse pela arte e cultura clássicas da Antiguidade, e os grandes aristocratas começaram a formar importantes coleções privadas de relíquias arqueológicas e objetos de arte antigos, é que a ideia moderna de museu começou a se formar. Acompanhando essa tendência, em 1503 o papa Júlio II criou um espaço no Vaticano, o Pátio do Belvedere, construído por Bramante, para receber parte de sua coleção pessoal e de algumas obras antigas importantes que haviam sido recentemente descobertas em escavações e adquiridas pela Igreja, como o Apolo Belvedere.